Atualmente, em virtude da globalização, as empresas cada vez mais encontram dificuldades em achar um lugar ao sol. A acirrada concorrência no mercado empresarial, visando crescimento e maiores lucros, aliada à grande dificuldade de se agregar novos valores ao patrimônio das mesmas, obriga as mesmas a se moldarem as novas alternativas emergentes no mercado.
Inúmeras questões efervescem atualmente, mas uma em específico tem despertado os olhos dos empresários e especialistas em finanças: a “avaliação de ativos intangíveis” (como conhecimento científico ou técnico, desenho e implantação de novos processos ou sistemas, licenças, propriedade intelectual, conhecimento mercadológico, nome, reputação, imagem e marcas registradas).
A intermitente busca pelo crescimento patrimonial empresarial e a constante busca pela sua consolidação no mercado geram estudos acerca do tema em questão.
Ao longo dos anos, inúmeras pesquisas foram feitas com o intuito de observar a consolidação de algumas marcas no mercado, e consequentemente, a veracidade e a segurança que elas traziam ao cliente.
Neste diapasão, constatou-se que a marca possui um forte simbolismo para agregar qualidades que uma determinada empresa tenha desenvolvido ao longo de sua trajetória. É inegável que a impressão estampada em alguns produtos fidelizam novos clientes desde que transmitam uma boa impressão e transpareçam credibilidade em sua área de atuação, tornando-os mais comerciais e “vendáveis” comparadas a outras marcas.
Baseado nestes fatos verificou-se que a representação por meio de uma marca está eivada de valores, e que estes, podem ser considerados como patrimônio de uma empresa, podendo receber um valor próximo ou superior aos ativos tangíveis da mesma. São inúmeros os benefícios que uma marca consolidada no mercado pode trazer, como exemplo, temos uma margem de lucro crescente, uma maior lealdade do consumidor com a marca entre outros.
A partir desta percepção, constatou-se que o patrimônio total de uma empresa poderia conter, a partir de uma prévia avaliação, e em nossa opinião, esta avaliação esta ligada umbilicalmente aos serviços contábeis, um valor agregado além do seu capital de trabalho e dos seus ativos tangíveis e aqui, estamos falando do ativo intangível e/ou capital intelectual.
Com o passar do tempo, o foco de estudos, que era em grande parte voltado aos ativos tangíveis, tem migrado de forma considerável para a análise dos ativos intangíveis e, desde então, esta tem sido a grande preocupação no mundo dos negócios. Quando tratamos da avaliação destes ativos percebemos uma diferença abismal entre eles, pois, estamos lidando, de forma genérica, com bens, porém, suas formas de avaliação se distinguem.
Em grandes aquisições empresariais, por exemplo, um longo e detalhado estudo é feito para se verificar a viabilidade ou não do ingresso em um novo mercado ou até mesmo a possibilidade de gerar uma nova concorrência em determinados segmentos comerciais. O know how na prestação de um serviço ou na produção de um produto, pode levar anos para se consolidar, pois, seu aperfeiçoamento se dá de forma gradativa e fracionada. Soma-se a este fato a necessidade de se adquirir um novo maquinário para feitura do produto/serviço, além do tempo e gasto despendido para treinamento e qualificação de seus trabalhadores.
Depois de superada toda esta fase de empreendimento, gestão e logística, é chegado o momento em que a empresa visará buscar novas parcerias relacionadas ao marketing que viabilizará o melhor meio de introdução no mercado, alavancando assim seus negócios por meio da captação de novos clientes e posteriormente criando a fidelização deste novo consumidor.
Nestes casos, o estudo para entrar em determinados segmentos de mercado, por parte de uma empresa, torna-se fundamental, pois a partir deste momento optar-se-á por uma estratégia de mercado, assumindo assim os riscos de iniciar todo o processo de incursão mencionado ou optando-se pela aquisição, quando possível, é claro, de uma empresa que já atue no ramo escolhido. Neste último caso, adquire-se a propriedade intelectual, o know how, o meio de produção/prestação de serviço além de todo conhecimento já empregado ao longo do tempo de vida do negócio, aqui estamos diante de um ativo intangível de grande valor.
Os empresários de sucesso têm voltado seus olhos para uma arrojada gestão estratégica de ativos intangíveis visando alcançar lucros superiores as suas médias com o desígnio de expandir seus negócios e consequentemente gerar lucro para novos investimentos. Neste sentido, torna-se saudável a competição entre empreendedores de um mesmo ramo, pois, a propriedade intelectual e a criatividade são capacidades inerentes à situação financeira e, neste patamar, todos partem de um mesmo ponto, o que vai diferir será a capacidade que cada um terá de gerir seu próprio negócio.